segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

HIV: MELHOR PREVENIR OU REMEDIAR?



As novas pesquisas sobre a transmissão do vírus HIV são assustadoras, apesar de o número de pessoas contaminadas estar diminuindo na última década, entre os jovens de 13 a 25 anos, a contaminação está aumentando. O que é muito triste, pois esses jovens são o nosso futuro, é a população que nos próximos anos serão a economicamente ativa.

Mas sabe o que é contrassenso nesta questão, hoje os jovens tem tanta informação, como se deixar contaminar, como não se prevenir. 
Acredito que esta palavra é a chave da questão,  PREVENÇÃO. Os jovens de hoje não sabem o significado real desta palavra. Ignoram o poder avassalador do vírus HIV, acreditam que com eles nada iram acontecer, são INCONSEQUENTES com a própria saúde, com o CUIDADOS com seu corpo. 

É triste, mas é a pura realizada, tudo isso consequência de uma falha na orientação para os jovens. As campanhas de combate ao HIV só ocorrem duas vezes ao ano, no Carnaval e em dezembro, no dia mundial de prevenção ao HIV. Também temos que dividir esta responsabilidade com os pais, que ainda resistem em debater este tema em casa. 

Será que não existem exemplos suficientes que que esta doença é mortal, será que teremos que perder tantos jovens no ápice da vida, como Renato Russo, Cazuza, Fred Mercury ... 

Hoje existe o controle da doença, mas a um custo muito alto, ao uso de coquetel de medicamentos, eles apenas diminuem a carga viral, não eliminam o vírus do organismo, fora que esses mesmos medicamentos podem causar efeitos colaterais desagradáveis, muito além de náuseas e vômitos. Também existe a constante  preocupação com as doenças oportunistas, como Tuberculose, Pneumonia, alguns tipos de Câncer, que só atacam portadores do HIV, Neuropatias, Herpes...
E pensar que tudo isso poderia ser prevenido com o uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Nós adultos temos que criar coragem e debater o assunto sem preconceito, encarar que os jovens fazem sexo, sim. E já que isso é um fato, melhor falar sobre o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Informar todas as formas de se ter contato com o HIV.

ENTÃO MELHOR PREVENIR OU REMEDIAR?


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Consulta de Enfermagem na Ótica do Cuidado

       Muitas pessoas ainda desconhecem essa atividade na atividade como atribuição profissional do enfermeiro . A palavra consulta esta diretamente vinculada a atividade médica, muito pela cultura do medico-centrismo, de outros modelos assistenciais. Talvez por essa razão ela não é valorizada pelos pacientes que atendemos, mesmo por uma questão cultural, o saber médico é mais evidenciado, que os saberes das outros profissionais de saúde. Mas essa nova geração de enfermeiros que atuam na saúde pública, coletiva... tem se mostrado persistente para mudar esse paradigma. 
     Na pratica tem interagido mais com os outros profissionais de saúde, tem se dedicado a estudos científicos, e principalmente tem focado seu exercício profissional no cuidado, aprimorando técnicas antes marginalizadas, e agora valorizadas. A maior prova disto é como as técnicas de curativos tem avançado, hoje tem todo um processo para o cuidados, muito mais que limpeza de feridas, hoje lidamos com uma indústria que investe muito em vários tipos de coberturas de curativos, os chamados materiais de alto custo, onde cada tipo tem uma finalizadade especifica, e para seu melhor aproveitamento o enfermeiro precisa avaliar a ferida para definir o material, esse foi apenas um exemplo simples, porque cuidar de uma paciente com ferida é muito mais complexo, é necessário avaliação de exames laboratoriais, avaliação nutricional, conhecer histórico de saúde....É olhar para o paciente como um todo e trassar um plano terapêutico.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O que é ser enfermeiro de PSF?

Desde que fui apresentada a Estratégia Saúde da Família (ESF), fiquei encantada. É um trabalho complexo, pois ao contrário do que acontece na enfermagem hospitalar, o vinculo com os pacientes é inevitável. Nos tornamos a referência de cuidados, não é raro eles baterem na porta do nosso consultório em busca de informação, apoio, e também para agradecer. Essa relação é construída desde o primeiro contato, pois o enfermeiro não cuida apenas da pessoa e sim da sua família inteira.

Ser Enfermeiro de Saúde da família, vai muito além de realizar consultas de enfermagem, realizar assistência domiciliar, contribuir para atividades de educação permanente, ações de vigilância epidemiológica, com enfoque na prevenção, tratamento de agravos e doença. Participar das atividade nas comunidades e interagir com essas pessoas no seu território é essencial para o profissional, contribui para estabelecer critérios, conhecer as necessidades locais, o que interfere diretamente na tomada de decisão sobre o cuidado.


Na ESF, o pensar em cuidado é macro, envolve o território e não apenas o indivíduo.


RSBonanno.

Enfermeira especialista e PSF.